As próximas décadas serão repletas de problemas relacionados às invasões biológicas. Essa é a aposta, ao menos, de uma equipe internacional de cientistas liderada por Stefan Dullinger, biólogo da Universidade de Viena.
O crescimento econômico estimula atividades que trazem muitas espécies de outros lugares, notoriamente o transporte marítimo -estima-se que mais da metade dos casos de bioinvasão envolvam navios.
Acontece assim: para aumentar a estabilidade quando descarregados, os navios se enchem de água num tanque que atua como lastro. As espécies de um lugar viajam clandestinas nos tanques e chegam aos novos habitats.
Vários anos são necessários para que se estabeleça uma população mínima, a partir da qual a espécie ganha fôlego para se reproduzir rápido e ocupar nichos ecológicos que antes eram de espécies nativas.
A bioinvasão acarreta perda da biodiversidade, pois as espécies nativas, forçadas a concorrer com as invasoras, podem acabar extintas. Desde 1600, 39% das extinções com causas conhecidas estavam relacionadas à competição com espécies invasoras.
São espécies invasoras no Brasil o búfalo, várias espécies de rato, o Aedes aegypti e as abelhas africanas.
Info: Folha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário